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Foto: Luciney Martins/O SÃO PAULO / BBC News Brasil
Repercutiu essa semana imagens de um cadeirante trabalhando de entregador de comida por aplicativo na Avenida Paulista em São Paulo. Conheçam o Luciano Oliveira, 44 anos.
Com a sua cadeira de rodas convencional, que ele ganhou de uma igreja que frequenta, ele demora cerca de duas horas para fazer uma entrega.
Há três meses nessa profissão, já que estava há 1 ano desempregado, Luciano realiza em um dia cinco entregas ao longo de, aproximadamente, oito horas. "Só dá tempo para tomar água".
Ele explicou que faz questão de avisar que é cadeirante para a pessoa entender que demorará mais que o normal.
“Essa semana fui agredido verbalmente por uma pessoa que pediu a comida. Ela não compreendeu a demora e me xingou. Tive que recorrer a empresa para tomarem providências. Nada justifica a ofensa”, desabafou.

Ele contou que com um triciclo motorizado, ele realizaria o dobro de entregas e cansaria bem menos, já que a infraestrutura da grande São Paulo não colabora no quesito acessibilidade por conta de buracos e ladeiras.
Para ajudá-lo na compra do triciclo, lançamos a sua vaquinha VOAA.
[Além do triciclo, o valor será para ele investir num curso profissionalizante de manicure, isso mesmo, ele quer mudar de profissão e ter o próprio negócio e também para ele comprar um celular melhor para um atendimento mais efetivo.]
"Consigo cerca de R$ 400 por mês com as entregas. O valor é a minha única fonte de renda".
Há dois anos ele vive numa cadeira de rodas
Uma poliomielite na infância causou graves problemas de locomoção ao longo de sua vida.
O entregador explicou que costumava ter dificuldades para caminhar — os problemas atingiam mais a perna direita.
"O problema de locomoção foi piorando com o tempo. Há dois anos, tive uma grave alteração no quadril direito, faltou cartilagem na parte dos ossos, na região do fêmur, e comecei a usar cadeira de rodas", relatou.
Ele conta que ainda consegue andar, com certo esforço, em distâncias curtas.
"Em casa, por exemplo, não preciso da cadeira de rodas. Mas não consigo caminhar por longas distâncias", explicou.
Não conseguiu aposentadoria por invalidez
"O médico disse que eu tenho capacidade para trabalhar, mesmo com dificuldades nas pernas", relatou Luciano.
Há dois anos, ele que morava em Salvador (BA), se mudou para São Paulo (SP) para morar com a esposa, que conheceu pela internet.
Quando chegou à capital paulista, esperava encontrar um emprego com rapidez. Formado em gestão de políticas públicas chegou a entregar mais de 150 currículos.
O kit motorização para o Luciano
Conversando com ele, o entregador explicou que o kit motorização, que seria um tipo de triciclo motorizado, se adequa mais a sua rotina do que uma cadeira de rodas motorizada.
“O kit é mais leve e conseguirei andar nas ruas e pegar o metrô”, explicou.
Essa cadeira custa até 12 mil reais e ajudará muito na mobilidade do Luciano no dia a dia. Porém, também tem o valor do frete e da manutenção.

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