Conheçam Severina Maria da Silva, 54 anos, que viveu em cárcere privado por 38 anos e desde os 9 anos de idade foi violentada pelo pai (mesmo os familiares sabendo, ninguém a ajudou), tendo com ele 12 filhos. Hoje, vivendo ainda na zona rural de Caruaru (PE), tudo que ela pede é uma casa digna para recomeçar a sua vida.
Infelizmente, não podemos mudar o que aconteceu com a Severina, mas podemos lhe dar a esperança de uma vida melhor. A vaquinha é para construir uma casa no terreno que ela ganhou da filha e mobiliar ela inteirinha, para que ela finalmente possa ter um lar. Hoje, ela não tem uma moradia. A cada noite dorme na casa de um dos filhos que vivem em imóveis inacabados construídos por ela mesma, sem água encanada e tomando banho de caneca no frio.
Vamos mudar essa história juntos? Todo valor a mais será para ela ter uma vida mais digna!
# Dos 12 filhos que teve, somente 5 sobreviveram e possuem sequelas da violência
Dos 12 filhos que teve, somente 5 sobreviveram, duas meninas que se casaram e lhe deram netinhas lindas e os três rapazes que a acolhe para ela ter onde dormir. Crescendo nesse ambiente de violência e terror, todos possuem sequelas psicológicas e atualmente estão com idades entre 21 e 29 anos.
Como forma de reparar o sofrimento dela, já que por muitas vezes ela denunciou o pai e nada foi feito, hoje ela recebe apenas R$ 1 mil mensais de indenização. Proibidos de irem à escola, ela é analfabeta e todos ainda trabalham na roça para se manterem.
“Meus filhos são a minha maior riqueza. Depois daquele dia, três vezes por semana ele abusava de mim. Sempre na cama deles”.
# Severina foi absolvida de forma unânime pela morte do pai e lidera coletivo de apoio às mulheres vítimas de violência
Mesmo grávida, Severina sofria os abusos e apanhava muito. Até hoje tem sequelas físicas dessa violência com problemas nos rins e costas, além de não enxergar e ouvir direito.
Quando a sua filhinha tinha apenas 11 anos, seu pai também tentou estuprá-la. Para que a menina não tivesse o mesmo destino que o dela, ela decidiu encomendar a morte do pai pagando dois homens que não gostavam dele. Ainda no velório dele, em 2005, foi presa após denúncia da própria mãe. Ela ficou um ano e 6 dias presa e conseguiu responder em liberdade com a criação da Lei Maria da Penha.
Ela sofreu demais preconceito e passou fome ao lado dos filhos. Hoje, quase dez anos após ser absolvida por unanimidade pela Justiça, Severina vive de forma simples e lidera o coletivo Marias Também Têm Força para ajudar outras mulheres vítimas de violência e tem feito palestras no Brasil todo para contar sua história.
“Uma outra vez, ouvi o delegado dizer que meu pai era uma boa pessoa e eu não deveria dar queixa dele. Não sabia mais para quem pedir ajuda. Parecia que todos achavam normal o que eu vivia”.
Vamos juntos dar um lar e uma vida digna a essa mulher guerreira! Acompanhe o lindo trabalho da Severina em @mariatambémtemforca
Mensagens
0Seja o primeiro!