Vaquinha para Luiz, que foi alvo de ovadas enquanto tocava violoncelo na rua para ajudar no sustento do filho.

Luiz Felipe Salinas, tem 20 anos e mora em Sorocaba, em uma casinha que ganhou da mãe. Hoje ele vive de música, e esse amor vem desde criança, quando ganhou o violoncelo do bisavô, aos 7 anos de idade. Ele toca nas ruas e em alguns restaurantes, viajando de cidade em cidade, para ajudar a sustentar o filho, Valentim, de 1 ano e 6 meses. 

Luiz não tem renda fixa, ele se mantém com a música, mas ainda assim não é suficiente. Tem dias que, tocando, ele consegue chegar em 100 reais e dias que 30 reais é o máximo que consegue receber. Quando soube que ia ser pai, Luiz começou a vender bala na rua e a cada bala comprada, no valor de R$ 1,00, ele tocava uma música.

​“Não tive tempo de estudar como gostaria, porque descobri cedo que ia ser pai, mas depois disso passei a trabalhar todos os dias de 8 às 18h porque queria dar o melhor para meu filho” - disse Luiz.

A vaquinha é para comprar um violoncelo novo (pois o atual, herdado pelo bisavô, está velhinho e trincado), equipamento de som para trabalhar e ajudar no sustento do filho, enquanto dedica parte do seu tempo estudando música, através de uma bolsa de estudos que ganhou.

# Luiz foi alvo de ovadas durante uma apresentação em Santos

O músico estava se apresentando em frente à uma loja de instrumentos musicais em uma rua movimentada em Santos, quando ouviu um forte estalo, e até pensou que tinha quebrado o violoncelo, mas depois notou que eram ovos.

“Não encontrei a pessoa que fez isso, mas me senti muito envergonhado e humilhado. As pessoas se revoltaram e uma multidão se formou ao meu redor. Quero levar música para as pessoas e provar com o meu amor pela música, que artista de rua também é trabalhador. A gente passa necessidade e busca uma vida melhor como todo mundo.” - desabafa Luiz

Através desse episódio, Luiz ganhou uma bolsa de estudo para estudar música em uma universidade em Santos, mas precisa de ajuda para manter o filho, por um tempo, enquanto se dedica às aulas. 

“A pandemia dificultou muito as coisas para nós artistas de rua. Até fome eu passei, mas não desisti, pelo meu filho” - diz Luiz.

Vamos transformar essa história juntos?! Acompanhe o músico em @salinas.015