Gêmeos siameses fazem cirurgia de separação do crânio e família precisa recomeçar a vida

Quatro anos de lutas e esperança.🙏 Mudança, muitas cirurgias, medo da morte, orações… Até uns dias atrás, essa família torcia para que as crianças ficassem bem. E, enfim, vem um alívio. Agora a caminhada continua com novos cuidados…

Os gêmeos Bernardo e Arthur vão completar 4 anos no final deste mês de agosto. Em boa parte de suas vidas passaram “grudados” pelo cérebro, crânio, veias vitais e outras partes da cabeça. Nasceram siameses, e por causa da gravidade do caso nunca puderam sair do hospital, viveram toda sua vida dentro dele.😢😱

Logo quando a mãe, Adriely, descobriu a gestação, o médico chegou a dizer que eram gêmeos e desconfiou que pudessem ser siameses, mas num primeiro momento nada falou à mãe. Uma semana após o primeiro ultrassom, o médico a chamou novamente para realizar outro, e a encaminhou para uma médica especialista fetal. Pela gravidade do caso, a consulta já foi no dia seguinte, e ela recebeu a notícia de que os bebês eram siameses e que estavam ligados pelo crânio, sendo muito difícil sobreviverem. 🙁😭

Os meses foram se passando, e os médicos iam cogitando a possibilidade de interromper a gestação. Já com seis meses, uma semana antes da audiência judicial onde falariam se a mãe deveria seguir ou interromper, Adriely passou muito mal. Com dores e perda de líquido,  teve que ser internada às pressas (coisas do destino, não?).👐 Não pôde comparecer à audiência e ficou no hospital por mais 3 semanas, até completar 7 meses, onde foi marcada uma cesária, os gêmeos nasceram e foram direto para a UTI. Arthur nasceu também com lábio leporino e fenda palatina. 🙁Durante o pré-natal, por serem gêmeos siameses, não conseguiram identificar essa má formação e chegaram a dizer à mãe que existia a possibilidade dele nascer sem o rosto formado.

“Esses gêmeos se enquadraram na classificação mais grave, mais difícil e com mais risco de morte para os dois. Quando você tem 1% de chance, você tem 99% de fé”- disse o neurocirurgião Gabriel Mufarrej

Foi aí que então, para tentar manter a vida dos filhos, a família que morava no estado de Roraima mudou-se para o Rio de Janeiro, pois lá teriam equipes especializadas no caso e hospitais mais capacitados. O Hospital cedeu um quarto para a mãe e ela passou a praticamente morar no hospital com os gêmeos. 🤝

Em junho deste ano, foi realizada a cirurgia de separação total dos irmãos, chamada de “a cirurgia do medo”. Isto porque as crianças compartilhavam 15% do cérebro e veias vitais. Mas, para a alegria de todos, foi um sucesso! Durou mais de 27 horas, contou com aproximadamente 60 médicos envolvidos, inclusive do exterior. E com essa cirurgia também veio um alívio para a família, pois antes dela as crianças já haviam passado por outras 8, como uma preparação.

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A emoção dos pais mexeu com a gente nesses dois desabafos: 💞💓😍

"No momento em que eu vi eles saindo do elevador, o Arthur foi o primeiro que veio, quando eu vi o Arthur saindo e eu vi ele ali separado, eu não acreditei, comecei a chorar muito, passar mal de tanta emoção”- disse a mãe

“Senti uma emoção que nunca tinha sentido antes na minha vida. Meu desejo sempre foi vê-los separados, com vida e com saúde. Graças a Deus aconteceu um milagre, eles se separaram e deu tudo certo. Eu senti uma emoção grande, imensa, que não tem nem como explicar. Estamos maravilhados"- disse o pai

Arthur tem previsão de alta para daqui a um mês. Bernardo teve algumas complicações no pós-operatório (infecção, necrose de uma parte) e segue sem previsão de alta.  Os dois são cadeirantes e terão que aprender a andar. Falam bem pouco, e após a cirurgia Arthur já voltou a pronunciar algumas palavras, mas Bernardo ainda não.😢💞

“O maior sonho é ver eles recuperados, com saúde e até com uma vida social como as outras crianças. Poder estudar, poder jogar bola”- falou o pai

A maior preocupação dos pais é quando eles saírem do hospital. Precisam de camas adaptadas, pois o local da cirurgia é muito delicado, e de forma alguma podem bater.  Os pequenos também possuem muitas alergias. Terão que fazer reabilitação, e o local é longe da casa onde eles moram de aluguel hoje. 😣

A família tem vivido com uma ajuda de custo do estado de Roraima, onde moravam. A mãe saiu do trabalho quando engravidou, e Antônio, o pai, quando se mudaram para o Rio de Janeiro. Antônio tem 39 anos e pretende voltar a trabalhar assim que os meninos tiverem alta.

Por causa da fragilidade das crianças, elas não podem pegar transporte coletivo e a família não tem condições de arcar com táxi todos os dias para  ir à reabilitação, que será de segunda a sexta. Adriely precisa tirar a habilitação para conseguir dirigir e levar as crianças.

Com alegria, a mãe já agradece as boas mudanças:💙

“Eles já passaram por tanta coisa, já sofreram tanto. Eles são muito guerreiros. Nosso coração é só gratidão”-  diz a mãe

A história dessa família, de muita garra e amor, precisa da nossa ajuda.😉 Imagine ter que mudar de estado e não ter onde recorrer. Eles tem que começar tudo do zero e precisam se manter lá. Nós sabemos que podemos contar com a solidariedade de cada um que teve o coração tocado.💛

Vamos dar o apoio necessário para poderem começar uma base para eles. Com a campanha pretendemos comprar as camas adaptadas, o carro, cadeiras de rodas para eles e pagar a habilitação da mãe. 🙏

Você pode acompanhar os pequenos em: @arthurebernardojuntos

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