Foto: Arquivo Pessoal
Começou agora em janeiro, em São Paulo, mais uma Copinha 2020, competição que reúne clubes juniores de todo o país. Entre os times formados por jovens sonhadores, conhecemos a emocionante história do time Galvez, de Rio Branco, no Acre.
O time é formado por 22 meninos de comunidades carentes que sonham ser reconhecidos futuramente como grandes “craques da bola”.
Porém, o Galvez só está conseguindo se manter de pé até hoje por conta de uma pessoa que não desiste desses meninos: o Seu Oziel, 53 anos, ex-policial militar e técnico do clube desde 2015.
Ele usa todo o seu salário de 1 mil reais como técnico e mais parte do salário de sub tenente da reserva para cobrir as despesas do time como alimentação, transporte e acompanhamento médico.
Para ajudá-lo a oferecer uma estrutura digna para os meninos, como bolas, uniformes, além das despesas mensais do time, lançamos a sua vaquinha na VOAA.
O valor da vaquinha também inclui a possibilidade da compra de um veículo, já que muitos meninos moram longe do centro de treinamento e acabam não tendo dinheiro para pegar ônibus até o local.
“O meu salário como técnico é insuficiente para suprir todas a necessidades. Hoje estamos aqui nessa competição porque colocamos Deus na frente”, afirmou Oziel.
[ Entenda a difícil situação do Galvez ]
Hoje, o time conta com um repasse de apenas R$ 3 mil para se sustentar, sem contar que precisam pagar funcionários, com preparador físico e roupeiro, entre outros.
Então, para não deixar faltar algo para os meninos, ele complementa todo o seu salário no pagamento das despesas mensais do time.
“Hoje funcionamos de forma precária. Estamos aqui nessa competição porque colocamos Deus na frente. Ele toca em nossos corações nos dando força para persistirmos em busca de nossos sonhos”.
Foto: Kelton Pinho
Para vocês terem uma ideia, os membros da comissão técnica, tirando o treinador, roupeiro e preparador físico, são voluntários sem nenhum tipo de remuneração.
“Um dos pais dos meninos, o treinador de goleiro, fisioterapeuta e o roupeiro pagaram suas passagens para participar da Copinha, pois só tivemos o patrocínio de 23 passagens, trouxemos 26 pessoas para São Paulo”.
[ O time ficou conhecido após técnico pedir ajuda ao vivo na Copinha de 2019 ]
Na copinha do ano anterior, o Palmeiras eliminou o Galvez pela terceira fase da competição.
Numa entrevista ao vivo, o técnico Oziel desabafou que não teriam dinheiro para voltar.
“Não sei como vamos voltar para o Acre”.
Num gesto muito bonito, após a partida, o time acreano foi convidado para um jantar e lá receberam a notícia de que o Palmeiras pagaria as passagens para os meninos voltarem para casa.
[ “Ele é como um pai para nós” ]
Essas foram as palavras do jogador Alifi Filipe, de 16 anos, promessa do time e que sonha ser visto nessa Copinha.
“Ele ajuda muito a gente. Onde ele for, eu vou”.
Foto: Reprodução Globo Esporte
E tem mais. Para os meninos que saíram de suas cidades para viver o grande sonho do futebol, ele alugou a estrutura de uma antiga igreja para oferecer a eles moradia e alimentação.
“A antiga igreja fica do lado de casa para recebermos e cuidarmos dos garotos que vem do interior compor o elenco”.
Ah, e tem mais! A comida é preparada pela esposa do seu Oziel, a dona Rita da Silva, com quem é casado há 32 anos e que também adotou esses meninos de todo o coração.
“Esses meninos na sua maioria são de famílias humildes em busca do sonho de se tornarem jogadores de futebol. Assim, minha esposa junto com minhas filhas e filhos ajudam lavando, cozinhando, limpando, dirigindo, as vezes sendo técnicas e técnicos, além de dar atenção, carinho, orientação e muito amor para todos”, relatou.
Foto: Reprodução Globo Esporte
Ai gente <3
Vamos ajudar o Seu Oziel a continuar investindo no sonho desses garotos?
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